O hipoclorito de sódio é um composto químico com ação anti-séptica e branqueadora. Assim, à primeira vista, o nome pode parecer estranho e desconhecido, mas é um elemento da famosa lixívia, quase continuamente presente nas listas de produtos de higiene pessoal das famílias e organizações.
A sua fórmula, NaClO, é dada pela conjunção de cloro com hidróxido de sódio. Esta atitude cria hipoclorito, um agente oxidante profundo capaz de remover vírus e bactérias, microrganismos que são drasticamente susceptíveis à oxidação.
Contudo, o uso de hipoclorito de sódio – de forma inadequada e excessiva – revelou vários efeitos prejudiciais para a saúde e para o ambiente. O facto de ser um dos produtos de limpeza mais importantes utilizados com tanta frequência e durante um período de tempo tão longo em ambientes domésticos e empresariais, camufla os danos e torna difícil a mudança de hábitos.
No entanto, é necessário verificar o uso de hipoclorito, estar consciente das suas doenças e saber que existem outros métodos que são eficazes e menos nocivos.
Preparámos este artigo para ajudar as famílias e empresas em diferentes segmentos, tais como restaurantes, hospitais, indústrias e lojas, a escolher os seus produtos desinfectantes com mais responsabilidade e compreensão.
Perigos para a saúde do hipoclorito de sódio
Os perigos para a saúde do hipoclorito de sódio, lixívia ou candida – como também é conhecido regionalmente – permanecem quase constantemente associados à ingestão ou ao contacto com os olhos, graças à sua acção corrosiva.
No entanto, a questão da doença vai muito além disto e está relacionada com a “exposição passiva” ao produto. Estamos a falar de um comportamento que quase nunca é visto, mas que está directamente relacionado com o aparecimento de patologias respiratórias e infecções.
Numa análise publicada em Medicina do Trabalho e Ambiente, os investigadores pesquisaram bem mais de 9.000 crianças entre os 6-12 anos de idade em escolas da Holanda, Finlândia e Espanha. A análise também foi realizada em colaboração com os pais.
Os investigadores descobriram que a frequência das infecções entre as crianças estava relacionada com a maior utilização de lixívia. A análise também mostrou que o risco de gripe era 20% mais elevado em casos de infecções respiratórias, tais como constipações e gripes, e também indicou um aumento significativo de 35% em casos de amigdalite em crianças nos lares dos pais que fizeram uso frequente do produto.
Água sanitária, Hipoclorito e o mal ao meio ambiente
O hipoclorito de sódio também é nocivo para o ambiente. Os ambientalistas advertem e desaprovam a sua utilização porque o seu composto, NaClO, reage quimicamente com outras substâncias na água.
Ao remover a água sanitária, por exemplo, através do sistema de esgotos, o produto é enviado para os rios, onde se mistura com outros compostos e origina substâncias nocivas para a saúde.
Segundo o Ministério do Ambiente, a poluição da água – em rios, lagos, oceanos e oceanos – é criada não só pela descarga pessoal de uma substância, mas também pela reacção química resultante da adição dos inúmeros produtos de casa de banho utilizados nos lares e organizações.
A mistura aumenta o efeito negativo na qualidade da água, dos animais, das plantas e de todo o ecossistema.
Hipoclorito: misturas perigosas
As doenças do hipoclorito de sódio, como mencionado anteriormente, são acentuadas quando o produto entra em contacto com outras substâncias. Assim, a sua má utilização, incluindo a mistura com outros produtos de limpeza – tais como detergente e sabão em pó – liberta um gás tóxico, o derradeiro vilão da saúde.
A Anvisa, nas suas sugestões para combater o Covid-19, menciona o uso de hipoclorito, mas avisa que não deve ser misturado com outros produtos, uma vez que o hipoclorito de sódio reage fortemente com muitos químicos.
Promessas enganosas
O hipoclorito de sódio é um composto composto composto de cloro e hidróxido de sódio. No mercado, porém, pode ser encontrado sob a forma de lixívia e/ou branqueador de cloro.
Ao comprar produtos de limpeza para a sua empresa, é importante prestar atenção aos nomes dos produtos e às fórmulas, pois existe uma diferença entre eles e a finalidade e utilização de cada um.
Cloro
O cloro é uma substância química que se encontra à temperatura ambiente em estado gasoso. O seu estado puro não está disponível para compra comercial. O cloro reage rapidamente com vários recursos e compostos químicos. Na natureza, é apenas uma parte dos cloretos e cloratos, principalmente sob a forma de cloreto de sódio, presentes em minas de sal de rocha e dissolvidos na água do oceano. A partir de cloro, hipoclorito de sódio e lixívia são fabricados. Por conseguinte, dar cloro como hipoclorito de sódio não é adequado.
Hipoclorito de sódio
O hipoclorito de sódio provém da atitude do cloro com hidróxido de sódio. O composto tem entre 10% e 13% de cloro activo. Assim, o hipoclorito está dependente desta atitude para existir. Na ausência dele, não há hipoclorito. É a matéria-prima para a construção de água sanitária.
É bastante comum encontrar produtos comerciais com percentagens de cloro tanto na sua formulação como no nome do produto. Assim, nas lojas e distribuidores de produtos sanitários é possível encontrar nomes como hipoclorito de sódio 1%, hipoclorito de sódio 2,5% ou mesmo concentrações mais elevadas.
Água sanitária
Amplamente utilizado para limpeza e sanitização de ambientes, áreas e alimentos, a lixívia – conhecida por nomes famosos como Candida, Kiboa, Qboa – é obtida diluindo hipoclorito de sódio na água.
Saber o que cada produto tem e saber, acima de tudo, as necessidades específicas da sua empresa, comércio, indústria ou ambiente de cuidados de saúde – tais como hospitais e clínicas – é importante para a compra adequada de materiais de limpeza.
Existem possibilidades de cloro activo, branqueadores sem cloro e outros substitutos do hipoclorito de sódio que suportam a mesma eficácia em ambientes e áreas de sanitização, mas que não acarretam riscos para a saúde.